Ultima-Mente

Estou me adaptando (na verdade já sinto como algo normal) ao fato de ter apenas meus botões com quem conversar. E eles não exigem muito. Me ouvem e ainda fecham minhas camisas e seguram minhas calças. Após um tempo de convivência exclusiva com os Botões notei que eles até interagem e, em momentos como esses, me ajudam manter a lucidez.

Foram eles que insistiram pra que eu publicasse algo nesse blog hoje.

Frank: - Mas logo hoje?

Botões: - Sim, aproveita que você não vai nos levar pra lugar nenhum e posta no blog enquanto seus downloads caem.

Frank: - Mas eu tô tão sem assunto...

Botões: - Não interessa, se vira... Escreve o que vier à mente.

Frank: - Ok... Bom... voltei a ler três livros ao mesmo tempo. Estou dedicando bastante tempo à leitura porque estou com muita vontade de escrever.

Botões: - E que livros você está lendo?

Frank: - Eu recomecei O Iluminado - Stephen King, depois de algumas rateadas.

Estou lendo O Símbolo Perdido - Dan Brown, que está muito bom apesar das críticas terem maltratado esse terceiro livro da série "Vamos falar da Maçonaria".

E estou terminando de ler uma coletânea de contos da Martha Argel - O Livro dos Contos Enfeitiçados.

Botões: - Por que a dificuldade em ler O Iluminado?

Frank:- Eu acredito que as vezes os livros escolhem a hora de serem lidos. Isso já aconteceu comigo antes. Com O Iluminado foi assim, eu saquei ele da estante, comecei a ler e não me senti envolvido pela trama. Na segunda vez foi a mesma coisa, eu não conseguia ultrapassar os primeiros capítulos, me desinteressava logo. Mas não sei dizer o porque, só sei que a dois dias eu recomecei e não consigo entender como não li antes. É maravilhoso.

Botões: - Sendo do Stephen King é possível que o livro tenha mesmo escolhido quando ele queria ser lido. Notei que você está lendo livros bem distintos.

Frank: - É verdade, mas são temas que sempre me fascinaram. Sempre fui apaixonado pelo sobrenatural. Aprendi a gostar do gênero policial/investigativo quando resolvi encarar Frederick Forsyth, que alias é mestre. E Martha Argel eu conheci por acaso na Bienal do Livro de 2004.

Botões: - Não é muita informação de uma só vez?

Frank: - Com certeza. Torna a experiência mais legal ainda. Sem falar das inúmeras série de tv que eu estou acompanhando. Ler e escrever é um hábito (dos melhores) e, como todos os outros, quanto mais você faz, mais domínio você tem.

Botões: - E entre as séries, alguma novidade?

Frank: - Sim, apesar que nesse quesito eu não dou conta de ver tudo o que gostaria. Sigo religiosamente Supernatural, Fringe, True Blood, Dexter, V - Invasores, Heroes, Modern Family, the Vampires Diares, Smallville, Sons of Anarchy e Eastwick (Se a quantidade parece grande, não se admire. Não é nem metade do que meus amigos Ronaldo Reis e Aaron Lago costumam Ver). A novidade fica por conta de Misfits (Não, não se trata de punk rock).

Botões: - Fale mais de Misfits.

Frank: - Certo. Essa série britânica, que está sendo definida como a mistura entre Skins, No Heroics e Heroes, conta a história de 5 adolescentes infratores que entram num programa de reabilitação e serviços comunitários (They tried to make me go...). No primeiro dia de trabalhos (pra que deixar pra depois) uma tempestade muito estranha atinge a cidade e um raio cai próximos dos jovens, que adquirem poderes. Você pode pensar: poderes outra vez!!! - Então o que difere essa série das outras e faz valer a pena assistir? Apesar de parecer comum, Misfits desponta pelo comportamento livre e despojado das personagens. Uma tentativa bem sucedida de aproximar à realidade não só da terra da Rainha, como mundial. As interpretações são bem convincentes, o humor e os efeitos especiais são inseridos sem exageros e os dramas pessoais são expostos de maneira nua e crua.

Botões: - Parece coisa fina mesmo.

Frank: - E é. Recomendo. Vou assistir o 4º episódio agora. Fui!!!