Takamoto foi entrevistado em outubro de 2001, quando seus velhos desenhos começaram a ser reprisados no canal Boomerang. Tinha acabado de acontecer o atentado às Torres Gêmeas em Nova York, e Sakamoto estava triste, mas não desesperançado."O que eu diria para as crianças é: tenham fé, este mundo vai continuar sendo um bom mundo para vocês crescerem nele", disse naquele dia o veterano cartunista.
Ele também contou como foi que batizou seu cachorro mais conhecido, o Scooby Doo. Foi a partir de uma canção de Frank Sinatra, "Strangers in the Night", na qual Sinatra faz um scat parecido no final da música. "Dooby-doooby-doo."
Para o artista, o que fazia a longevidade de seus desenhos é que eles falam de uma forma direta às pessoas. Não lhe importava que novos heróis - como Johnny Bravo, O Laboratório de Dexter, Os Padrinhos Mágicos e Meninas Superpoderosas - tivessem passado a perna nos seus cães falantes "São coisas criadas para os dias de hoje, algumas melhores e mais ricas que outras. O que desejo é que os desenhistas coloquem algo deles nos cartuns."
Era uma fera criando cachorros atrapalhados, como Scooby Mutley e Astro, o cão dos Jetsons. "Os cães são sociáveis com o ser humano", explicou, acrescentando que também era um animal com o qual se identificava. Ele chegou a trabalhar também em "A Dama e o Vagabundo" e "Os Dálmatas".
Ah, a respeito de Penélope Charmosa (Ou Penelope Pitstop no original), o animador contou que foi baseada numa personagem de antigos filmes mudos chamada Pearl White. Takamoto começou na animação em 1945, trabalhando para os Estúdios Disney. Tornou-se amigo de William Hanna, dos estúdios Hanna & Barbera, para quem trabalhou a partir de 1960. Hanna morreu em março de 2001 e Joseph Barbera, seu sócio, morreu em dezembro.
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