Estava cansado da vida da cidade grande e, como todo cidadão de bem, torci para que chegasse logo o feriado, precisamente o Carnaval. Preparado roupas, comida, guarda-sol, protetor solar, Comecei a preparar tudo para minha partida. Eis que surgiu uma dúvida: Com qual eu vou?
O bom desse Mercedez CLS é que é bem discreto, rodare macio, motorzão 3.2 V12, quatro portas, muito conforto, sonzera com DVD Bose, porta malas razoável... ah, que delícia! Sem contar que está customizado: vc viu a estrela de três pontas? Não tem outro igual, posso te garantir!
Escolhido o carro - o carnaval já chama tanto a atenção, então, melhor ir no já clássico pretinho básico - pego a estrada e curto uma paz de espírito despertada como há muito não me via, afinal, é sexta e a estrada está praticamente livre, sem todo aquela muvuca de feriadão prolongado.
Pois é, não pode elogiar que parece que a estrada começa a encher... E no túnel é que comprovo que muita gente teve a mesma idéia. Quanta gente invejosa!!!
Apesar do trânsito toda o verde da mata virgem no entorno da rodovia compensa a lentidão, cansaço e nossa impaciência.
Cheguei ao meu destino. Agora sim, estou realizado. Sexta, sábado, domingo, só alegria, muito mar, frescobol, passeio na orla marítima, enfim, só sossego e tranquilidade. Nada de gente chata por perto, só alegria e a "Natureza Natural dos Bichos". Isso que é vida!
Ouço falar que lá pela Juréia, onde eu estava, havia uma cachoeira, chamada Paraíso, e resolvo lá, pois como dizem: Eu só acredito vendo! A estrada é de terra, bem rústica, com trechos muito pedregosos.
Engraçado é saber que, após rodar muito, avistamos uma fazenda, com poucas cabeças de gado. Imagine só o quão bucólica é a paisagem. Lembrei até daqueles autores portugueses, os Parnasianos, que cultivavam a vida no campo.
A entrada e a natureza continuam a nos guiar até a cachoeira do Paraíso. Vale lembrar que após rodar mais de 8 quilômetros em estrada de terra ainda conseguimos encontrar um camping, com um nome bem sugestivo: Sossego. Imagina só pousar por mata adentro, tem que gostar muito de paz.
Durante o percurso, não lembro exatamente em que ponto, rolou uma chuva bem fraquinha, uma garoa, e nisso acabou surgindo um arco íris! Ah! Reparem bem que vcs verão um pote de ouro no final dele!
Após rodar cerca de 13 km eis que finalmente chegamos à famosa cachoeira. Chegando lá somos orientados por um guia sobre como se portar diante da mata virgem, cuidados, precauções, etc, etc. Olha só uma placa indicativa, na verdade um mapa, ainda que bem rústico, contendo Peruíbe, algumas serras e a Estação Juréia Itatins.Há três quedas, segundo informou a guia (na verdade uma guarda florestal), e para se chegar até elas, uma trilha com dificuldade leve.
Depois de tanto andar de carro, e por um caminho cheio de pedras, finalmente o esforço compensou! Parece até uma pintura, posso garantir que não é!
Depois que eu olho rios, mares e cachoeiras, faço das minhas palavras a frase de um professor que eu tive no cursinho: "A natureza é sábia, tudo tem uma razão de ser e existir, e não cabe a nós nos intrometermos naquilo que é tão perfeito".
Pena que tudo que é bom acaba logo. Tomara que outra viagem tão bacana venha logo, pois tô precisando urgentemente...
Abraço a todos... E um ótimo final de semana!
Nenhum comentário:
Postar um comentário