A música é a manifestação da
alma, do coração e do cérebro (
tinha que ser uma trindade). Independente da distância aproxima pessoas e fixa na memória passagens de nossa vida de uma maneira que não se apagam. É um dos mais eficazes meios para a
construção de valores pessoais e sociais, além de proporcionar um desenvolvimento maior cognitivo, psicomotor, emocional e afetivo. Já dizia
Platão:
“A Música é um instrumento educacional mais potente que qualquer outro.”

Após toda a exposição e repercussão de
seu trabalho na Semana da Arte Moderna,
Heitor Villa-Lobos viveu por 7 anos na Europa e
ao retornar ao Brasil em 1930, apresentou à Secretaria de Educação do Estado de São Paulo
um projeto inovador de educação musical, que foi aceito pelas autoridades. Depois de dois anos de trabalho, transferiu-se para o Rio de Janeiro, a convite do secretário de Educação do Distrito Federal, Anísio Teixeira, com
a missão de introduzir o ensino de música e canto coral nas escolas públicas. Foi nesses anos que iniciou a composição do que viria a ser as nove
"Bachianas brasileiras".
Foi uma época de qualidade no ensino, já que a música influenciava no melhor aproveitamento das demais disciplinas.
Mas em 1971, quando uma nova versão da
Lei de Diretrizes e Bases para Educação Nacional – LDBEN, criada em 1961 – entrou em vigor, um dos artigos foi
estrategicamente modificado. E a
disciplina de Música nas escolas de ensino fundamental e médio
foi substituída pela disciplina de Artes. Com um termo tão
ambíguo e genérico foi muito
fácil banir, gradativamente, o ensino de música das escolas públicas
e os prejuízos foram imediatamente visíveis.
O rendimento escolar caiu e aumentaram exponencialmente os problemas com disciplina e freqüência, álcool e outras drogas. Em dezembro de
2006, a senadora
Roseana Sarney apresentou um projeto de lei (PL 330/2006)
para alterar o texto da LDB,
especificando a inclusão e obrigatoriedade do ensino de música nas escolas de ensino básico (fundamental e médio), e o mesmo
foi aprovado de maneira unânime pela Comissão de Educação e Cultura (PL 2732/2008). Agora
Precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados, para ser exposto à sanção presidencial. Uma vez
aprovada a lei, o Estado
tem (até) 3 anos para completar a implantação. 
O
BloGordo está de olho, mas você visitar o site da campanha nacional "
Quero Educação Musical na Escola" e
assinar o abaixo Assinado. Ajude a mudar o quadro da educação no Brasil.

Processo semelhante passou a implantação da
Língua Espanhola no ensino básico das escolas públicas. A matéria foi
aprovada e sancionada de maneira espantosamente rápida em 2005, e o texto dispõe que a oferta da disciplina é
obrigatória pela escola, mas é
facultativa para o aluno. O
prazo final para a completa implantação do Espanhol nas escolas é 5 de agosto de 2010,
exatos 5 anos após sua aprovação. Matéria da Folha de São Paulo ressalta que há necessidade de que sejam "produzidos" pelo menos
12.000 professores de Língua Espanhola até 2010. Conheço uma penca de professores de Língua Portuguesa e Inglesa que estão sofrendo para ter suas aulas atribuídas, está aí a oportunidade.
Vamos nos especializar, pessoas!
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